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27.04.2017

Saiba como foi o primeiro dia do XVI ENEME

Durante a solenidade de abertura, o presidente da ASSOF, o Ten.-Cel. Alessandri da Rocha Almeida destacou a importância do ciclo completo da polícia para as corporações. Para o Cel. Marlon Jorge Teza, presidente da FENEME, o momento atual exige engajamento e união

 

Começou nesta quinta-feira a 16ª edição do Encontro Nacional de Entidades Representativas de Militares Estaduais (ENEME). Integrantes das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares de todo o país estão reunidos em Goiânia (GO) para debater temas de interesse dos militares estaduais do país, como a reforma da previdência, o ciclo completo da polícia, entre outros temas. O evento será o ponto de encontro de muitas das personalidades envolvidas na defesa destes interesses junto às casas legislativas estaduais e federais.

 

Organizado pela Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (ASSOF) e realizado no Comfort Flamoyant Hotel, o XVI ENEME termina na sexta-feira (28).

 

A abertura do evento foi na manhã de hoje e contou com as presenças do vice-governador de Goiás, José Eliton de Figueredo Júnior; do vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira; do Comandante-Geral da PM de Goiás, Cel. Divino Alves de Oliveira; do Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros de Goiás, Carlos Helbingen Júnior; além de outras autoridades civis.

 

Durante a solenidade de abertura, o presidente da ASSOF, o Ten.-Cel. Alessandri da Rocha Almeida destacou a importância do ciclo completo da polícia para as corporações. Para o Cel. Marlon Jorge Teza, presidente da FENEME, o momento atual exige engajamento e união. Ele lembrou que a Federação começou com cinco associações e hoje reúne mais de 40.

 

Em seguida, o vice-governador de Rondônia, Daniel Pereira, falou sobre o papel do agente político no aprimoramento da segurança pública. O ciclo completo da Polícia foi novamente tema de um painel com a participação de convidados internacionais: o Cel. Fabrizio Di Simio, da Arma dei Carabineri da Itália; do Major Miguel Cañellas Vicens, Comandante da Guardia Civil da Espanha; e do Major Jean-Paul de Azevedo, da Gendarmeria Nacional da França.

 

Na Itália, os membros da Arma dei Carabineri atuam como policiais, mas também podem atuar em guerras.  Apenas 6% da polícia italiana se dedica exclusivamente à investigação. As demais polícias fazem o ciclo completo. Na visão do Cel. Fabrízio, a forma dicotômica da polícia brasileira é, literalmente, “uma perda de tempo”.

 

Já na França, apenas 5% do efetivo se dedica à função de polícia judiciária ou de investigação. Todas as demais instituições policiais fazem o ciclo completo. “A partir do sargento, todos têm autonomia e podem, inclusive, determinar quebra de sigilo telefônico e bancário, busca e apreensão e outros”, explica o Major Jean-Paul de Azevedo.

 

Assim como na Itália e na França, as polícias espanholas também fazem o ciclo completo. Segundo o Major Vicens, a Guarda Civil é a instituição pública mais valorizada pelos espanhóis.

 

Todas as diferentes polícias de todos os países do mundo fazem o  ciclo completo, nas respectivas especialidades. O modelo brasileiro é o mais desatualizado que existe hoje.

 

Durante o painel, Ricardo Balestrelli, secretário de segurança pública de Goiás, também defendeu o ciclo completo e a necessidade da pluralidade das polícias especializadas. 

 

Todos os palestrantes receberam uma medalha da ASSOF em homenagem ao seu trabalho.

 

Após o almoço, iniciou-se a Assembleia Geral da Feneme. Que se estenderá por toda a tarde. Na sexta-feira, último dia do evento, haverá pela manhã um painel sobre a Reforma da Previdência e o Sistema de Proteção Social dos Militares Estaduais.

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