Oficiais concluem Curso de Aperfeiçoamento na Academia Policial Militar do Guatupê
Foram apresentados ao longo da última semana os trabalhos de conclusão do Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO), oferecido pela Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), com o objetivo de atualizar e ampliar os conhecimentos necessários aos Capitães dos Quadros Policial Militar, Bombeiro Militar, de Saúde e do Quadro Especial. Concluíram o CAO, iniciado em março deste ano, 31 Militares Estaduais, aprovados no rigoroso processo seletivo, composto por diversas etapas.
Entre as pesquisas desenvolvidas, está a do Capitão PM Cleverson Rodrigues Machado, que aborda o tema Gerenciamento de crises na Polícia Militar do Paraná. O Oficial reforçou a importância do curso. “É uma fase de transição em nossas carreiras, uma oportunidade crucial que temos de buscar o aprofundamento em diversas áreas do conhecimento e isso é de fundamental importância para a Corporação, para nós e, com certeza, para o cidadão paranaense, que recebe profissionais ainda mais capacitados e fortalecidos pelo conhecimento”, disse o Capitão Cleverson.
Para o Doutor em educação, Subcomandante do BPEC e integrante da banca, Major PM Dalton Gean Perovano, a qualidade dos trabalhos científicos desenvolvidos pelos Oficiais surpreendeu positivamente. “As apresentações seguiram de maneira bastante objetiva. Todos os orientadores fizeram um trabalho magnífico e a Corporação PMPR só cresce com os resultados das pesquisas, considerando que praticamente todos os trabalhos são investigações científicas que estão vinculadas aos cotidianos profissionais dos Oficiais e isso só traz pontos positivos para o desenvolvimento institucional. Pesquisa é desenvolvimento e a PMPR tem se destacado nesse aspecto. Todos os trabalhos têm seu brilho, sua relevância, a exemplo do apresentado pelo Capitão Durante, foi absolutamente importante pelo interesse em trazer experiências nacionais e internacionais, assim como a apresentação do Capitão Cleverson, do BOPE, que trouxe um tema que proporciona inovação não apenas de técnicas, mas de mudanças normativas dentro da nossa Instituição. Ganham os Oficiais e a sociedade”, declarou o Major Perovano, que também é conselheiro fiscal da ASSOFEPAR.
PLURALIDADE DE TEMAS
O Capitão PM João Pedro Passos Rocha, desenvolveu trabalho sobre O Preceito Constitucional de Organização no Contexto Doutrinário da PMPR. “Nossa ideia foi demonstrar a norma geral das polícias e a relação com a legislação estadual vigente no Paraná e todas as alterações realizadas na legislação nos últimos 12 anos. É gratificante poder expor aos colegas e à banca o resultado da nossa pesquisa, pela qual nos dedicamos e empenhamos durante tanto tempo”.
Unanimidade entre os colegas de turma e elogiada pela banca, a pesquisa da Capitão PM Ariádene Mara Figueiró analisou a Expectativa de vida dos militares estaduais do Paraná: Estudo da mortalidade no período de 2010 a 2018. “Fiz uma análise de 2010 a setembro deste ano, verificando todos os atestados de óbito, as causas de morte e a idade desses militares. O que mais me chamou a atenção é que a expectativa de vida do nosso público está abaixo da média paranaense. O Militar Estadual tem uma expectativa de 66 anos, enquanto no Paraná média de vida da população é de 77 anos, então dá uma diferença muito grande”, revelou a Oficial.
Já A influência do consumo de bebidas alcoólicas no interior das arenas desportivas sobre a violência nos estádios de futebol de Curitiba foi tema do trabalho do Capitão PM Charles Michel Rocha. “Verifiquei a relação da ingestão de bebidas alcoólicas e a violência nos estádios, o que ficou constatado por meio de dados estatísticos de ocorrências de antes e depois da proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. Se formos comparar os anos de 2007 e 2014 houve uma grande redução, em torno de 50% e, ainda, na percepção dos policiais que trabalham nas áreas internas dos estádios. Eles perceberam que a violência também diminuiu no interior desses espaços após a proibição da venda e do consumo de bebidas”, explicou o Capitão Charles.
O Capitão Eliéser Antonio Durante Filho, que analisou A aderência do programa Patrulha Escolar Comunitária aos elementos globais associados ao policiamento comunitário, resumiu o sentimento da turma. “Os quatro dias de apresentações coroaram com excelência o CAO, uma oportunidade única dos Oficiais poderem expor seus conhecimentos a partir dos estudos desenvolvidos ao longo desse período. Tenho certeza de que todos saem com a sensação de dever cumprido, de que colaboraram um pouco mais com o crescimento da Corporação”, finalizou o Capitão Durante.
Para a próxima turma do CAO/2019, 139 Capitães realizaram a inscrição. A prova teórica ocorre na próxima terça-feira (13). O concurso é composto por cinco etapas: 1ª Fase – Inscrições e Validação das Inscrições; 2ª Fase – Exame Intelectual (EI); 3ª Fase – Apresentação de Atestado Médico e Realização do Teste de Aptidão Física (TAF); 4ª Fase – Exames de Saúde (ES); 5ª Fase – Convocação dos aprovados para frequência ao curso.
Fotos: Sargento Manuel Gomes/APMG