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19.05.2017

Conheça o trabalho do Cap. Zancan, comandante da companhia de operações com cães

Atuação da COC já é referência para as PMs de outros estados do país. Veja como é a rotina dos cães policiais do BOPE

 

O Canil da PMPR já existe há mais de 40 anos, mas foi em 2010 que se tornou a Companhia de Operações com Cães do BOPE. Desde então, o trabalho da COC, atualmente sob o comando do Capitão Gustavo Dalledone Zancan, tem chamado a atenção.

 

Só o cão Lótus, um pastor belga malinois, de 6 anos, foi responsável por tirar de circulação 805 quilos de entorpecentes. Em uma operação, realizada em abril deste ano, outros 150 quilos de maconha foram apreendidos, graças à atuação da companhia.

 

No ano passado, os cães Stive, Zika e Buster representaram a PMPR nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro. O trabalho realizado pela unidade já é referência para as polícias militares de outros estados do país.

 

“Os cães são extremamente eficientes nas funções que exercem. É preciso mudar a cultura do policial militar para que confiem mais no trabalho da COC”, explica o Cap. Zancan.

 

De acordo com o Comandante, o trabalho dos cães pode ser dividido hoje em três modalidades: faro para detecção de entorpecentes e substâncias explosivas, busca de pessoas e patrulhamento.

 

Os cães especializados em farejamento de drogas e explosivos são treinados para identificar diferentes substâncias químicas. Em outros países, os animais são considerados instrumentos de perícia, devido ao seu faro extremamente aguçado. “Em um local do tamanho do Teatro Guaíra, por exemplo, enquanto um integrante do Esquadrão Antibombas pode levar até cinco horas para encontrar um explosivo, o cão leva em torno de 15 minutos. Por isso, muitas bandas internacionais só se apresentam em cidades que contam com unidades como a COC para fazer a vistoria nestes espaços”, conta.

 

Os cães especializados em busca de pessoas são usados não só para encontrar criminosos em fuga, mas também crianças e adultos perdidos, principalmente em regiões de mata. Cães da raça blood hound, por exemplo, conseguem rastrear o odor de pessoas desaparecidas no solo, no ar e até na água. “Esta raça, especificamente, consegue rastrear moléculas de odor por um período de até 5 anos”, conta o Cap. Zancan.

 

Os cães de patrulha, por sua vez, participam de abordagens e atuam na prevenção e controle de distúrbios, em manifestações, jogos de futebol, shows e rebeliões em presídios. São mais ferozes que os farejadores e também mais obedientes. “Nos presídios, por exemplo, basta um cão destes no portão para repreender uma galeria inteira de presos, podendo substituir a ação de todo um batalhão.”

 

A Polícia Militar conta hoje com 162 cães policiais em todo o Paraná. Embora a raça pastor belga malinois seja o mais numeroso, por serem bons nas três funções, a companhia ainda conta com animais da raça blood hound, rotweiller, pastor alemão, pitbull e labrador.

 

Os cães são treinados filhotes e só vão para a rua quando completam 1 ano e meio. Com 8 anos, vão para a reserva. Segundo o Comandante, a maioria dos cães “aposentados”, vão para a casa dos policiais condutores. Poucos ficam na sede da companhia. “O vínculo entre o animal e o policial condutor é muito forte. E este laço de confiança é o que faz toda a diferença durante as operações. Mesmo durante as folgas e as férias, o policial é responsável pelos cuidados do seu cão, como alimentação, saúde e higiene”.