Conheça o trabalho do Capitão Durante, comandante da 1ª cia do BPEC
O Oficial desenvolveu projetos inovadores na gestão da Companhia e assumirá a Chefia da 3ª Seção do BPEC nesta segunda-feira (02)
O Capitão Eliéser Antonio Durante Filho é integrante do Conselho Administrativo da ASSOFEPAR e exerce as funções de Comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC). A Companhia é responsável pelo policiamento comunitário escolar em 441 escolas de 26 municípios da Capital, Região Metropolitana de Curitiba e litoral, e por aplicar dois dos principais programas preventivos da Polícia Militar do Paraná: Programa Patrulha Escolar Comunitária (PEC) e Programa Educacional de Resistências às Drogas (PROERD).
De acordo com o Capitão Durante, o Programa PEC é sustentado na filosofia e estratégia de polícia comunitária e funciona atualmente a partir de 3 módulos: Segurança na Escola, Educação Preventiva e Suplementar de Segurança. Dentre as atividades que o programa contempla, destaca-se o levantamento e a percepção das condições de segurança escolar para resolução conjunta de problemas, as palestras educativas, as visitas comunitárias e o próprio patrulhamento diferenciado com vistas à prevenção de delitos. “De acordo com os resultados de 2015 e 2016, nós desenvolvemos mais de 125 mil atividades, sendo que 98% delas foram de caráter eminentemente preventivo. Somente 2.202 atividades foram de natureza reativa, o que corresponde a menos de 2% das nossas ações. O nosso foco está na prevenção e na transformação de atitudes”, afirma. Por sua vez, o PROERD atua sob a perspectiva da prevenção primária sobre drogas em sistema de parceria ativa entre Escola, Polícia e Família. Segundo o Capitão, o programa estabelece uma estratégia preventiva para reforçar fatores de proteção, concentrando esforços no desenvolvimento de competências sociais, liberdades de comunicação, autoestima e tomada de decisões.
Em recente pesquisa de satisfação lançada às equipes gestoras das escolas, o Capitão Durante comenta que o feedback em relação ao atendimento do BPEC é muito positivo, principalmente nos municípios em que o atendimento da Patrulha Escolar é exclusivo e o trabalho de proximidade foi resgatado. “Estamos analisando agora as respostas qualitativas para entender a percepção daqueles atores escolares que estão em contato direto com os nossos policiais. A intenção é verificar se estamos prestando um bom serviço à comunidade. Os pontos fortes elencados devem ser reforçados e aprimorados. Já para o feedback negativo, a autocrítica deve ser feita com bastante responsabilidade, especialmente pelos Oficiais, e as melhorias necessárias devem ser colocadas em prática para reverter esse resultado, quem sabe alcançando patamares de excelência no atendimento” explica.
Em 2014, quando assumiu o comando da Companhia, o Capitão Durante, com apoio dos demais Comandantes de Pelotão, implementou uma nova gestão operacional e administrativa na subunidade. As diretrizes inovadoras foram sustentadas na associação de três pilares principais:
Primeiramente, o fortalecimento das relações com a comunidade escolar. Neste sentido, travou-se uma parceria com os Núcleos Regionais de Educação, onde a Patrulha Escolar tivesse participação direta no processo de formação continuada dos profissionais da educação, bem como nas capacitações de grêmios estudantis. Além disso, as visitações comunitárias foram aperfeiçoadas, estendidas inclusive para a comunidade do entorno das escolas. Essas iniciativas impulsionaram o desenvolvimento de Procedimentos Operacionais Padronizados, que foram construídos com o objetivo de melhorar o atendimento policial na ponta, criando uma linguagem única que pudesse ser replicado em toda área de responsabilidade.
O segundo pilar está relacionado com o projeto de valorização profissional, intitulado “RECORE”, nome originário do Regulamento de Concessão de Recompensa por Melhor Desempenho Técnico-Profissional daquela Companhia. O intento teve desdobramento em três frentes: o agraciamento em solenidade própria pelo desempenho técnico-profissional, os elogios individuais por ações meritórias e a publicização coletiva pelos bons serviços prestados, reconhecidos pela comunidade. “O objetivo maior é reconhecer e valorizar o bom profissional que se destaca positivamente no exercício das suas funções. O maior desafio foi pensar mecanismos que nos permitissem aferir o desempenho profissional de modo objetivo, sem abandonar completamente os critérios subjetivos”, ressalta o Oficial.
O último pilar está calçado na busca pela excelência profissional. Neste sentido, destacam-se os nivelamentos e as instruções programadas a que o efetivo da Companhia é submetido ao longo do ano, onde temáticas de ordem técnico-operacional e conteúdos pertinentes à atividade especializada do Batalhão são trabalhados. Além disso, toda tropa passou a ser submetida anualmente ao Exame de Proficiência Técnico-Profissional, onde as habilidades de tiro de reação, teste de aptidão física militar e prova escrita são rigorosamente cobrados. “Passamos a ter um acompanhamento de resultados à partir de uma diagnose realizada no início de 2015. Essa iniciativa nos deu um panorama interessante do progresso individual e coletivo dos nossos policiais e tem nos permitido, diante dos pontos fracos identificados, direcionar esforços nas sucessivas instruções buscando a excelência profissional dos nossos policiais” conta.
Parte das iniciativas implementadas, pela qualidade e eficiência alcançada, passou a ser aplicada também em âmbito de Batalhão. “Os resultados são animadores e a gente fica contente em passar o Comando da Companhia com o sentimento de dever cumprido e tranquilo pela certeza da continuidade do trabalho pelo Oficial que me sucede” afirma. O Capitão Durante passa o comando da 1ª Cia na próxima segunda (02) para assumir a Chefia da 3ª Seção do BPEC.